Dengue hemorrágica: conheça os sintomas e as formas de prevenção da doença

Na última semana, o Ministério da Saúde contabilizava 555 mil casos prováveis de dengue no país e 94 óbitos. Os dados apontam um aumento de 330% no número de casos, em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 129 mil casos.

Desde 2014, o Brasil adota a classificação dos casos sugerida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2009, após uma revisão dos dados. Com isso, os casos da doença passam a ser classificados como:

. febre da dengue ou dengue clássica;
. dengue com sinais de alarme;
. dengue grave, conhecida popularmente como dengue hemorrágica.

Segundo o Ministério da Saúde, em caso de sintomas como febre entre 39°C e 40°C e pelo menos duas das seguintes manifestações (dor de cabeça, fadiga, dores musculares, articulares, nos olhos e manchas vermelhas na pele) é preciso procurar por assistência médica.

Dengue hemorrágica

Já no caso da dengue hemorrágica, os sintomas vão além da febre, com quadros de sangramentos, que podem ser observados em excreções (vômito e fezes) e mucosas no geral (inclusive no útero, descartado o ciclo menstrual). Também há intensificação das bolinhas sob a pele – denominadas petéquias, que são um sinal dermatológico de hemorragia.

Em um grau maior de infecção viral aguda, a dengue hemorrágica pode causar um comprometimento grave de órgãos, entre eles, danos hepáticos (no fígado), alteração de consciência (por interferência no sistema nervoso central) e miocardite (inflamação no coração).

Como principal causa de morte, a doença agravada pode provocar um choque devido ao extravasamento grave de plasma. É o chamado por especialistas de sangramento branco, sem a presença de hemácias. O quadro pode ocasionar a queda de pressão arterial; consequentemente, o choque hipovolêmico (níveis muito baixos da parte líquida do sangue), que pode ser seguido de morte.

Transmissão da dengue hemorrágica

No Brasil, há quatro soropositivos diferentes em circulação. Todos transmitidos a partir da picada do mosquito Aedes Aegypti. Vale destacar que, depois de tratado, o paciente adquire imunidade contra aquele vírus contraído, mas fica suscetível aos demais. 

A reinfecção aumenta a chance de desenvolver formas mais graves da doença. Isso porque os anticorpos produzidos na primeira dengue podem facilitar a entrada do vírus na célula.

Transmissão da dengue hemorrágica

. Utilize repelente: uma das formas de evitar a doença é usar repelente com eficácia comprovada contra a dengue nas partes do corpo que ficam expostas. 

. Elimine focos de água parada: evite deixar reservatórios de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros desde espaços como caixas d’água e piscinas abertas até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de plantas. 

. Coloque telas em janelas e portas: a instalação de telas mosquiteiras pode ser uma forma de evitar a entrada dos insetos dentro de casa, entre eles, o mosquito transmissor da dengue. 

. Aplique inseticidas: inseticidas são grandes aliados na prevenção da dengue, pois ajudam a eliminar focos do mosquito em locais abertos e fechados. 

Por isso, se tiver sintomas, procure um médico!

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Redação

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