A Universidade de Oxford, na Inglaterra, iniciou os ensaios clínicos para avaliar a segurança, a tolerabilidade e a imunogenicidade de uma nova vacina contra o HIV.
Atualmente, as vacinas trabalham induzindo anticorpos gerados pelas células B. Já a nova vacina, chamada de HIVvonsvX, induz células potentes e destruidoras de patógenos do sistema imunológico, levando-as para regiões conservadas que sejam alvos do HIV.
Segundo Tomáš Hanke, professor de imunologia da Universidade de Oxford e principal autor da pesquisa, este é o primeiro estudo que, além de focar em pessoas que vivem com o HIV, também busca a prevenção de pessoas HIV-negativo. Por ter como foco uma ampla gama de variantes do HIV-1, a vacina poderá ser aplicada também em diversas cepas do vírus.
A nova vacina está sendo testada em 13 pessoas, com idade entre 18 e 65, HIV-negativos e considerados sem alto risco de infecção, que receberam duas doses do imunizante. E os testes integram a European Aids Vaccine Initiative (EAVI2020), projeto colaborativo financiado pela Comissão Europeia.
Para Hanke, mesmo com os métodos de prevenção atuais, a contaminação pela doença continua alta. “Uma vacina contra o HIV-1 continua sendo a melhor solução e provavelmente um componente-chave para qualquer estratégia que ponha fim à epidemia de AIDS.”
Os pesquisadores esperam obter relatórios completos do estudo para fazer uma divulgação até abril de 2022.